terça-feira, 26 de abril de 2016

Um horizonte para a evangelização franciscana

"Para vinho novo, odres novos". (Mc 2,22)

O novo espírito exige nova estrutura. Não só porque mudamos o nome acrescentando a palavra Conferência, mas por tudo o que ao redor dela precisamos realizar. Conferência é a reunião ou convergência de várias realidades para discutir e confrontar, buscando interesses afins. Conferência é uma chance de convergência da diversidade, um caminho de unidade. A estrutura de conferência amplia as oportunidades e se foca nelas.

Valemo-nos do evangelista Marcos enquanto narra um confronto nada agradável entre os responsáveis pelas estruturas vigentes e a novidade trazida por Jesus. O conflito se dá na leitura dos sinais. As autoridades do tempo esperam que os sinais dos tempos se adequem ao estabelecido (a Lei). Para eles, estrutura tem que prevalecer sobre a novidade. Jesus mostra que a verdade está no inverso. São as estruturas que precisam se adequar aos sinais dos tempos, a novidade (graça) prevalece sobre a estrutura. O espírito renova as estruturas, mas estas não conseguem renovar o espírito. O problema está em olhar as estruturas como tradição e não olhar o espírito que vivifica a tradição. Mais que de reforma, necessitamos de transformação. No caso, os fariseus estão amarrados ao calendário vigente, enquanto Jesus pede que estejam vigilantes aos ventos messiânicos.

Eis o desafio: estarmos preparados para os sinais e não esperar que os sinais estejam preparados para nós. Nosso tempo está eivado de sinais: 800 anos do Perdão de Assis em momento tão conflitado, 50 anos da CFFB em período tão carente de acolhida das diferenças, Ano Extraordinário da Misericórdia, onde prevalece a cobrança, etc. Qual será nossa resposta?

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